Planejamento de viagem - Como eu fiz?

Foto por Freepik

Óia eu aqui!

No próximo dia 25 vai fazer um ano que fiz a minha primeira viagem internacional. O tempo voa! Parece que foi ontem que eu peguei o primeiro avião com destino à felicidade (espero que você entenda a referência).

Resolvi compartilhar aqui minha experiência de planejamento dessa viagem, que pode ajudar você a planejar a sua, caso você nunca tenha feito uma viagem para longe.


A decisão

Antes de mais nada, é preciso pensar em quando será, quantas pessoas vão, quantos lugares serão visitados e quantos dias em média durará a viagem. É básico, né? Mas tem gente que não pensa nisso ou pensa tarde demais. E aí vira uma bola de neve terrível que pode arruinar o seu passeio. 

Ah, mas com quanto tempo de antecedência, Bruna?

Aí depende também de onde você quer ir. No meu caso, que foi uma viagem mais longa e distante, levei seis meses de planejamento. Decidi em conjunto com meus familiares para onde iríamos. Fizemos um brainstorm de locais e fomos afunilando até escolher os destinos definitivos.

No meu caso, fui com mais quatro familiares, decidimos visitar efetivamente três países (Holanda, Alemanha e Irlanda) em um período médio de 15 dias durante o verão europeu (mais precisamente, julho, por ser época de férias escolares). Isso em um período de, no máximo, dois anos. A decisão de ir foi tomada em 2016.

Vocês seguiram à risca o planejamento?

Não, porque aconteceram imprevistos (essas coisas rolam mesmo). Mas pelo menos 80% do planejado foi feito. Então, faça o planejamento básico.


A pesquisa

Durante a construção do planejamento, pesquisei muito, muito, muito. Passagens, hospedagens, locais, trâmites necessários, etc.

Pesquise tudo isso e muito mais. Vá tendo ao menos uma noção do que você quer, mesmo se você fechar um pacote com guia de turismo. Normalmente nesses pacotes há um ou mais dias livres para fazer o que quiser. 

Não fizemos pacote porque com o roteiro que queríamos, não existia pacote. Quando você quer ir a lugares mais específicos, acho mais vantajoso ir por conta própria. Agora, se você sabe que quer conhecer determinado país (ex: Chile), mas não sabe exatamente o que ver, ou não fala algum outro idioma, como o inglês ou espanhol, creio que seja melhor fechar pacote com guia de turismo incluído.


A grana

Obviamente ninguém tira dinheiro pra ir de um continente para outro do dia pra noite. Eu tinha um dinheirinho (não era grandes coisas, mas era o que tinha) guardado na poupança. Peguei esse dinheiro, coloquei em um investimento para render mais e fui pagando as parcelas da passagem (instituição sagrada do brasileiro) com o dinheiro do estágio que eu fazia. A família também deu uma forcinha, pois seria um presente de formatura pra mim.

É essencial pesquisar os preços, mas decidir quando irá vai impactar diretamente esse fator, já que quanto mais cedo você for, mais rápido você terá que juntar dinheiro.

No fim das contas, só terminei de pagar a viagem no mês passado (!!!). Mas no outro post você vai entender o porquê. Houve um imprevisto.

Bruna, quanto levar pra gastar?

Depende do que você vai querer comprar, da moeda local e do quanto você pode gastar. Dica besta que muita gente não presta atenção.

A propósito: foque em dinheiro (notas, moedas). É mais vantajoso. Mas leve sim um cartão de crédito internacional para usar em casos de extrema emergência. 


As passagens

A nossa rota foi melhor definida quando compramos as passagens. Na época, a passagem do Brasil para a Holanda estava mais barata que para os outros países do nosso roteiro. Então optamos em ir para lá primeiro, depois ir para a Alemanha (que é vizinha da Holanda) e de lá ir para a Irlanda. Da Irlanda, voltar para a Holanda e seguir de volta para o Brasil. 

Compramos nossas passagens no ViajaNet. O atendimento foi muito bom e os preços foram mais em conta em relação aos seus concorrentes. Porém, vai depender do seu destino. Outros sites como Decolar, Skyscanner e Kayak  podem ser mais vantajosos. 


Ah, uma coisa: se possível, já deixe todas as passagens compradas para transitar de um país pra outro (se for de avião, porque de trem é difícil fazer isso. A não ser que você conheça alguém que possa comprar pra você). Deixamos para comprar as passagens de avião entre países lá na Europa e saíram um pouco mais salgadas do que imaginávamos. Porém, é verdade que viajar entre os países de avião na Europa pode ser mais barato do que viajar entre cidades aqui no Brasil. Claro que temos que levar em consideração o fato do Brasil ser um país de proporções continentais, mas o fator imposto pesa demais no bolso. 

Se você for pra Europa, recomendo a Eurowings para transitar por lá. Bom preço, bem confortável e com lanchinhos gostosos, hehe.

Mais um detalhe: verifique o histórico da companhia aérea. Tivemos muitas dores de cabeça com a que escolhemos ir, que não vou mencionar o nome (vai que rola processinho, né?). Só posso dizer que é italiana. Era a mais barata, mas o barato nos fez passar bastante raiva. É uma das poucas coisas que eu mudaria na viagem. Preferia pagar um pouquinho mais caro e ir por outra.

Em outro post falarei melhor sobre isso. 

E é altamente recomendável pegar as passagens pela mesma companhia aérea (se houver possibilidade). Falarei sobre isso nesse outro post.


Hospedagem

Passagens compradas, fomos olhar a hospedagem. O curioso que em cada país, ficamos em um tipo diferente de hospedagem! Na Holanda, ficamos em um hotel. Na Alemanha, em um hostel (mais simples que o hotel, porém muito bom). E na Irlanda, alugamos um apartamento.

Reservas feitas pelo Booking.com e pelo Airbnb.

Importante: preste muita atenção na avaliação que as pessoas fazem sobre o hotel/hostel/albergue ou anfitrião do local em que se hospedará. Corra de locais com avaliação ruim, mesmo que seja bem mais barato. O barato pode sair BEM caro. 

Felizmente não tivemos problemas graves nas hospedagens. Uma coisinha ou outra, sim. Mas nada sério. No geral, gostamos muito de todas as hospedagens.

Dicas importantes:


  • Nem sempre compensa o café-da-manhã na hospedagem. Então, olhe direitinho. 
  • Dificilmente alguma hospedagem não terá Wi-Fi. Mas já deixe assinalado no filtro de buscas do site quando for procurar.
  • Verifique se há algum ponto de transporte público próximo. Em todos os locais que ficamos, haviam opções próximas de ônibus e/ou metrô.
  • Preste muita atenção na forma de pagamento da reserva. No caso do Airbnb, tivemos que pagar tudo com antecedência. Já nas outras hospedagens, pagamos diretamente nos locais.


Documentação

Itens acima resolvidos, fomos cuidar da documentação. Como até então a viagem mais distante que eu tinha feito era ir pra Alcobaça, na Bahia (única vez que saí pra fora do Sudeste, inclusive), eu não tinha passaporte. Ainda por cima, minha identidade tava antiga. Então, lá fui eu preparar a documentação.

Atenção: o ideal é cuidar de toda a documentação ANTES de comprar a passagem e reservar a hospedagem. Pra gente deu certo, mas não quer dizer que pra todo mundo vai funcionar. 

Tirei a identidade primeiro e em seguida fui tirar o passaporte. No site da Polícia Federal, tem o passo-a-passo bem bonitinho pra você entender como funciona.

Acabou? Não! Fui tirar meu cartão de vacinação internacional. Não precisei tomar nenhuma vacina a mais, porque estava com tudo em dia. Emiti rapidinho. Já meus familiares precisaram. No local mesmo (aqui em BH foi no Centro de Atendimento ao Viajante), eles tomaram as vacinas que faltavam. Aqui no site da Anvisa é explicado o que deve ser feito. E fechei também o seguro-saúde. Em muitos países, se você não tiver esses dois itens, você não entra. Então, faça!

Eu não utilizei o seguro-saúde porque não foi necessário. Mas, já tive amigos que precisaram e foi uma mão na roda. Em alguns casos, se você tem conta em algum banco ou usa algum cartão específico de crédito, você ganha o seguro-saúde. Verifique com o seu banco. E veja também tudo o que o seguro cobre.

Outra dica: por via das dúvidas, peça o seguro por um período um pouco maior do que a duração da viagem. Porque se der ruim e precisar por mais tempo, você terá uma garantia.

No meu caso, reservei separadamente. Depois de pesquisar, o mais vantajoso pra mim foi o Assist Card


Bagagens

Eu e minha mãe dividimos uma mala de mão e cada uma levou uma mochila para complementar. Se tiver a intenção de fazer compras, leve pouca coisa e deixe para comprar lá uma bagagem maior para trazer seus apetrechos. 

Tire foto de tudo o que vai na mala. Caso a mala seja extraviada, você pode recuperá-la mais facilmente dessa maneira. E se não for recuperada, a companhia aérea será obrigada a te indenizar. Já deixe anotado também o valor estimativo de cada peça que esteja na mala. A companhia provavelmente vai pedir essa estimativa.


P.S: O pessoal da Voom mandou também algumas dicas interessantes que achei legais e quis compartilhar aqui.


1) Em viagens curtas ou longas, é importante checar a previsão do tempo no local para saber o que levar. Já é possível encontrar diferentes apps disponíveis para essa função;
2) Quem for viajar de carro pode aproveitar os apps para checar como está o trânsito nas principais rodovias, além de descobrir qual local mais próximo de você tem o melhor custo-benefício para abastecer o veículo;
3) Ao decidir seu destino, é possível usar algumas plataformas para checar quais melhores restaurantes na região, hotéis e bares;
4) Já no caso das companhias aéreas, hoje já é permitido realizar o check-in online antecipado, pelo site ou app. Isso ajuda a economizar o tempo no aeroporto;
5) Em caso de viagens de avião, certifique-se de levar um documento com foto para embarcar; consulte informações gerais para evitar transtornos com o excesso de bagagens, anote dicas para realizar a viagem com bebês e crianças, além de deixar de fácil acesso a documentação de vacinas;
6) Para não ocorrer risco de perder os registros dos melhores momentos da viagem, não esqueça de levar adaptadores de tomadas e carregadores portáteis para notebooks, câmeras e celulares;
7) Dependendo do local escolhido, é ideal levar na mala de mão, medicamentos para uso básico ou kit de primeiros socorros; (complementando: leve também algumas roupas na mala de mão).
8) Se a viagem for longa, não deixe de levar dispositivos para leitura de e-books, ou livros e revistas para se distrair. Em caso de passeios com crianças, leve tablets e smartphones para descontração (mais um complemento: leve travesseiros e almofadas de pescoço. Eu investi em uma mais cara, porém durável, que valeu muito a pena e uso frequentemente).

Por enquanto é isso! Se tiver alguma dúvida, deixa nos comentários que tentarei responder. Em breve, farei postagens sobre os locais que visitei.

Beijos e até a próxima!

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