Braço direito
do chefe de estado e responsável por organizar os bastidores das principais
decisões políticas, Alberto acorda com uma notícia inesperada: O
presidente morreu! Título do romance de Felipe de Caux, o
protagonista recebe essa mensagem e precisa tomar uma decisão rápida para não
levantar suspeitas na população dominada por um governo ditatorial, que gera
movimentos de insatisfação, mas mantém seu poder há anos.
Até encontrar
uma solução, ele conta com a ajuda de Jeremias para esconder a informação do
povo e de qualquer pessoa que possa vazar a história. Para ganhar tempo, os
dois escondem o corpo até que Alberto encontre uma posição de segurança entre
apoiadores, sustentada pela imagem do falecido. Mas isso não vai ser tarefa
fácil: o homem morto é colocado no porta-malas de um carro, que desaparece na
cidade fictícia.
Pensar em sua morte não lhe causava
tristeza, não sentia amor por ele; verdade seja dita, ao final de tantos anos,
já sequer o suportava. Porém, ele era uma peça necessária. Insuportável, mas
necessária, pois era a figura central do governo, e só graças à sua imagem, ao
seu carisma, foi possível manter o poder por tanto tempo. O presidente sempre
conseguia cativar todos ao redor, com sua fala eloquente e educada, fruto de
uma família abastada da alta sociedade. (O presidente morreu, p. 13)
A partir desta
situação, o autor narra a história de personagens em um país que simbolizam
diferentes ideais, conflitos e hipocrisias da sociedade. Nesta sátira com
suspense, humor e realismo fantástico, os leitores conhecem vozes que estão
próximas do mundo contemporâneo: há quem esteja comprometido com a luta pelos
direitos humanos; gente que defende a ditadura sem saber como ela funciona;
políticos mesquinhos dispostos a tudo para ter influência; jovens que enganam
as próprias famílias enquanto buscam dinheiro fácil; e pessoas que desacreditam
na ciência por não confiarem em especialistas.
O presidente
morreu aborda temas
atuais com uma escrita leve e sarcástica. Entre diálogos divertidos, descrições
profundas sobre as contradições inerentes dos humanos e acontecimentos
tragicômicos, a obra também conta com ilustrações do próprio autor, que recorre
a desenhos em preto e branco para apresentar momentos-chave da trama.
Em uma espécie
de jogo, os protagonistas precisam se adaptar a mudanças rápidas de cenário,
formar aliados, analisar os possíveis nomes de confiança e encontrar caminhos
para ganhar vantagem na disputa por poder. Apesar de crítico, Felipe de Caux
adentra um campo neutro ao tratar sobre questões como alienação política,
corrupção, diferenças de classe, desigualdades de gênero e desinformações -
presentes em todos os âmbitos sociais, independentemente do viés ideológico.
Autor: Felipe de Caux
Editora: Ases da Literatura
ISBN: 978-6584796058
Páginas: 308
Preço: R$ 74,90 (físico) | R$ 24,99 (e-book)
Onde encontrar:
Amazon
Sobre o autor: Mineiro nascido em 1980, Felipe de Caux
é nefrologista pediátrico. Formado pelo Instituto Superior de Ciências Médicas
de Santiago de Cuba e especializado pela Santa Casa de Belo Horizonte, mora há oito
anos na Alemanha, onde passou por Berlim, Marburg e agora reside em Magdeburg. Enveredou pela
área da saúde, mas cresceu em contato próximo com os grandes autores e sonhava
em se tornar um escritor. Como forma de sair da rotina, começou a escrever e
agora publica o primeiro livro da carreira, O presidente morreu.
Redes sociais do
autor:
Instagram: @felipedecaux
Facebook: Felipe de
Caux
Skoob: Felipe de
Caux
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