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Transvest recorre a financiamento coletivo para se manter

Projeto Transvest - Foto por Carlos Oliveira

No Brasil, cerca de 90% das travestis e transexuais vivem da prostituição, ficando sob perigos diários de morte e infecções sexualmente transmissíveis. A expectativa de vida de pessoas trans no país é de apenas 35 anos. Só em 2017, cerca de 179 transgêneros foram mortos assassinados por transfobia. Mortos apenas por serem quem são. Não o bastante, a maioria se encontra na miséria, morando nas ruas.
“A necessidade de oferecer um espaço educativo de acolhimento é muito importante dadas as dinâmicas de violência e exclusão radical a que as pessoas trans estão sujeitas nas instituições de educação formal” conta Duda Salabert, fundadora da Transvest. “Somos um projeto artístico-pedagógico que objetiva combater a transfobia e incluir travestis, transexuais e transgêneros na sociedade. Já estamos no nosso quarto ano de trabalho em Belo Horizonte/MG e precisamos de ajuda!” explica.
O projeto pedagógico oferece, além das aulas preparatórias para o Enem e Encceja, oficinas educativas e eventos culturais. Com o tempo, ganhou novos núcleos, como o ensino de idiomas, as aulas de defesa pessoal e o apoio jurídico. O perfil dos estudantes reflete o contexto de precariedade enfrentando pelas pessoas trans no Brasil, sendo frequentes trajetórias marcadas pela expulsão de casa, evasão escolar e exclusão do mercado de trabalho formal.
Atualmente, a Transvest conta com poucos recursos para sobreviver e manter suas atividades. Para isso conta com a ajuda de doações de no mínimo 10 reais mensais (uma cerveja por mês!) para continuar o excelente trabalho.
Sobre a Evoé
Evoé é uma plataforma de crowdfunding/financiamento coletivo que mescla apoio via imposto de renda com apoio direto. Pouca gente sabe, mas apenas ¼ dos projetos aprovados em Leis de Incentivo conseguem financiamento. 
A falta de recursos é uma das maiores dificuldades do empreendedor criativo. Em paralelo, 84% dos brasileiros não sabem que podem destinar parte do Imposto de Renda para doação.
“Sentimos que fazemos acontecer, permitindo que projetos se tornem realidade, como o Lá da Favelinha, que impacta vários jovens da periferia de BH, gerando oportunidade para eles” conta Bruna Kassab, fundadora da Evoé. “Acreditamos no impacto coletivo para o desenvolvimento do país. Nós nos sentimos realizados quando vemos as ideias saírem do papel, é um grande orgulho ver um projeto que auxiliamos ganhar vida, sentimos parte dele”, completa.
Em uma pesquisa realizada pela Evoé, a falta de recursos e inexperiência são dificuldades recorrentes em projetos culturais. É difícil um projeto sem experiência e visibilidade ser financiado no modelo tradicional, ao mesmo tempo que sem recursos o produtor também não consegue se desenvolver.
Os próprios produtores experientes também vem enfrentando dificuldades de se manter em um contexto de incertezas econômicas nacionais e internacionais. “É problemático que eles dependam somente do patrocínio de empresas, pois a falta dele inviabiliza o projeto, além de faltar a conexão com o public”, explica Bruna.
Para conhecer um pouco mais da Evoé, colaborar com um projeto ou apresentar uma ideia, acesse https://evoe.cc

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