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Resenha do álbum 'The Fall of a Rebel Angel' - Enigma



Oieee! Nossa, há quanto tempo não faço resenhas, né? Essa aqui estou devendo já faz um tempinho, mas finalmente está aqui.
Não se intimide pela capa, digamos, assustadora. ‘The Fall of a Rebel Angel’, do Enigma, é um trabalho lindo. Um dos discos mais aguardados pelos fãs, já que até então o último disco inédito do projeto tinha sido lançado em 2008 (esse aqui foi lançado em novembro do ano passado). A espera valeu a pena, e nessa resenha você verá o porquê.


O disco tem uma espécie de continuidade (se você ouvir o álbum direto, você não percebe uma transição entre uma faixa e outra). Poucos álbuns que conheço são assim (como o ‘Rosetta’, de Vangelis e ‘Tag Und Nacht’ do Schiller). Não é uma tarefa fácil fazer com que um disco inteiro seja dessa maneira (Enya, em ‘A Day Without Rain’ fez isso com duas faixas, mas não com o cd inteiro). Só por isso o ‘The Fall of a Rebel Angel’ já merece admiração.
Como prometido na última resenha que fiz (em maio do ano passado, Jesus!), essa resenha será faixa-a-faixa. Bora lá, então?

Circle Eight

É uma faixa curtinha, mas impactante. Bem a cara do Enigma mesmo. O “círculo oito” serviria perfeitamente como definição do próprio álbum, já que ‘The Fall of A Rebel Angel’ é o oitavo álbum inédito do projeto liderado pelo compositor Michael Cretu.
O vocal de Nanuk me passou uma vibe meio ERA (por onde anda o ERA? SDDS ERA!). Gosto muito dessa ideia de camadas nítidas no instrumental dessa faixa (não funciona em qualquer tipo de canção, nessa funcionou bem). Não tem muito o que falar dela, transmite uma calma bacana.


The Omega Point

Uma faixa que tem várias variações em seus mais de cinco minutos de duração: tem partes de instrumentais mais suaves, outras mais fortes, muitos sussurros, e uma ideia bem contemporânea, como se fosse algo que você pudesse ouvir durante uma exposição de arte.  A presença de elementos eletrônicos é visível nessa música. De algum modo, me traz a sensação de rotina. No sentido de: seu dia costuma começar calmo, quando você acorda. Ao longo do dia, o trânsito, o colégio, a faculdade, o trabalho, deixam tudo muito agitado (e algumas vezes você dá a sorte de poder parar um momento para respirar, ouvir os pássaros e acalmar um pouco, mas depois, lá vai você de volta para as suas tarefas). E ao fim do dia, você retorna a calma inicial. Também pode passar o contraste entre uma metrópole e um lugar intocado pelo homem, uma cachoeira por exemplo.

Diving

Outra faixa curta, porém poderosa. Dá aquela vontade de ficar horas e horas num rio, numa cachoeira, curtindo a refrescância e calma das águas. Bom, levando em consideração que ‘Diving’ quer dizer mergulho, creio que a minha impressão está certa.
Ao mesmo tempo, ouvir essa música me deixou levemente melancólica. Porque estamos em fevereiro, as férias estão acabando, e acho que não verei uma cachoeira tão cedo U.U

The Die is Cast

Essa música tem uma parte levemente tenebrosa (não mais do que a capa). Mas está muito longe de ser uma canção ruim! Pelo contrário!
E o vocal é do Brasil sil sil! Mark Joshua, apesar do nome artístico (e da pronúncia impecável de inglês, que o faz parecer ser estrangeiro), é o brasileiro Marcelo Amaral Pontello. A voz dele me lembrou leeeeevemente a voz de The Weeknd, o que eu amei, já que The Weeknd é um de meus cantores favoritos.
A escolha de Mark foi perfeita para a canção. Combinou super bem com os arranjos eletrônicos bem contemporâneos. É ótima para quem gosta de uma eletrônica que foge das famosas batidas de dance music. Afinal, não é toda música eletrônica que é feita para dançar. E isso é uma das coisas que mais amo na eletrônica.

Mother

Com participação de Anggun, que aliás, participa em TRÊS músicas do disco, a canção traz uma calma daquelas que sentimos quando estamos no colo de nossas mães. Acho que o título coube muito bem para a música.
Mais uma vez, os elementos eletrônicos estão muito presentes. Algo comum nesse disco. Aliás, o álbum conseguiu o feito de ocupar a liderança das paradas de álbuns Eletrônicos e de New Age da Billboard. Merecidamente!
P.S: Não tem nada a ver com o single ‘Mother’ do ERA.

Agnus Dei

Uma música que combina com o título do álbum. Soa como se fosse uma batalha entre os anjos, e um deles cai (sim, aquele mesmo de baixo). É uma das músicas nas quais, ao ouvir, eu consegui visualizar algo mais concreto.
Consegui “ver” os anjos em uma luta de vida e morte nos céus, usando toda a sua força. E, nessa batalha, o derrotado caiu dos céus e foi parar no mundo subterrâneo.

Sadeness (Part II)


O primeiro single de ‘The Fall of A Rebel Angel’ foi muito, mas muuuuuuito aguardado pelos fãs, por ser a continuação de uma música que fez bastante sucesso (Sadeness, Part I). 


Porém, as duas músicas são bem diferentes entre si.  Se você espera algo na mesma linha da primeira música, pode se decepcionar. A parte II é bem mais sombria que a primeira. Soam como se fossem dois atos de uma mesma peça de teatro, porém totalmente diferentes. É como se a primeira parte fosse um mundo de sonhos e tranquilidade, e de repente, na segunda, algo acontece e muda tudo.

O segundo vocal de Anggun no disco trouxe o impacto que a faixa precisava. E a faixa ganhou um clipe super artístico e sombrio ao mesmo tempo. Dá só uma olhada!



Parece música de vampiros? Sim. Mas adorei? Sim também.

Lost in Nothingness

Depois da tempestade, vem a bonança. Ou, pelo menos, uma tentativa de reconstrução. É isso que ‘Lost in Nothingness’ me passa. A recuperação do choque por conta de algo, e o começo do renascimento.
A música traz a tranquilidade necessária depois da sombria ‘Sadeness Part II’. É de se admirar que o disco tenha constituído uma história ao longo das suas faixas.
É promessa de Grammy no ano que vem. Só não se sabe em qual categoria ao certo. Isso porque na Billboard, por exemplo, ‘The Fall of a Rebel Angel’ alcançou o topo das paradas New Age e Eletrônica.

Oxygen Red

Com um toque aparente de dubstep, ‘Oxygen Red’ é o terceiro e último vocal de Anggun no disco. É a música na qual o vocal da cantora indonésia tem mais variações e temos mais noção ainda da força de sua voz. Aliás, sobre ela, algumas curiosidades: Anggun representou a França no Festival Eurovision em 2012, além de ter participado de versões asiáticas do X Factor e do Got Talent.

Aproveitei pra pesquisar mais sobre o trabalho dela. E realmente, tem tudo a ver com o Enigma. Dá uma olhada! 




Confession of the Mind

É a música perfeita para ouvir quando você precisa de um momento de relaxamento. Sabe quando você tem aquela irritação por conta de algo que dá errado? Pois bem, essa faixa é ótima para relaxar.
Instrumental com apenas algumas vocalizações, a canção tem um quê de música religiosa (diria algo meio barroco, não sei ao certo). 
Diria que é uma das faixas mais ‘New Age’ do disco (se não a mais). Um prato cheio para os fãs desse gênero. Uma das minhas favoritas do disco.

Absolvo

A faixa mais curta do álbum (com apenas 2:02) tem sussurros, vocais angelicais e um solo bem interessante de saxofone.
É um conjunto curioso, mas que funciona bem, apesar dos vocais e do sax não se misturarem na música.
Só acho que é curtinha demais. Você piscou e... acabou. Podia durar mais um pouquinho. É bem relaxante e bonita.

Amen

O segundo single do álbum é também a última faixa do disco. É uma parceria com o duo inglês Aquilo, formado por Tom Higham e Ben Fletcher.
O título da canção faz jus a mesma. Parece uma oração no geral. Uma súplica, e às vezes, parece que o cantor está fazendo uma voz salmonada (muito usada por padres).

É, na minha opinião, a mais tocante do disco. Você sente a melodia e a letra bem no fundo de seu coração. Arrepiante! E o clipe reforça isso ainda mais, fazendo uma crítica aos conflitos na sociedade e trazendo uma esperança de um mundo melhor.


Enfim, ‘The Fall of a Rebel Angel’ promete ser um forte candidato ao próximo Grammy. Um disco que conta uma história interessante através de suas faixas e que mostra, mais uma vez, porque Michael Cretu é um dos maiores nomes de produção Eletrônica/New Age.

Se quiser que eu faça resenha de algum outro disco, mande nos comentários ou nas minhas redes que farei o possível para te atender.
Espero que tenha gostado da resenha!

Até a próxima! Beijo!
     

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